► Izobel POVO castelo de Bran, era para lá que eu iria. Havia uma possibilidade mínima de encontrar o assassino do meu irmão, mas havia. Enquanto eu arrumava a minha passagem e as minhas coisas para a viagem, parei para pensar no que aquela vampira que sem querer havia me ajudado. A verdade é que no fundo no fundo eu torcia para que ela não estivesse encrencada. Mas o Bill, se é ele mesmo, não me parecia alguém que pudesse machucar outra pessoa.
Por um momento a imagem de Henri apareceu na minha mente. Mas eu não poderia avisá-lo, ou ele iria me impedir. Quando eu estava fechando a mala encontrei duas pessoas paradas no meu quarto me encarando.
A pequena figura de Williene me olhava preocupada enquanto carregava dois gatos nos braços. E uma outra pessoa que eu nunca pensei que pudesse rever na minha vida, estava parada na minha frente.
Era ele. Os olhos dourados, os cabelos caindo nos olhos, o mesmo ar de segurança que ele me passava. Ele parecia a materialização da perfeição. O meu vampiro salvador, estava ali, me olhando dentro dos olhos. Ele estava, bravo?
- Vocês vão ficar se encarando o dia todo? – Williene perguntou se aproximando de mim para ficar entre nós dois.
- Você não está podendo fazer piadinhas agora Williene. – ele disse para ela sem desviar os olhos dos meus.
Senti que ela se largou na minha cama, mas não parei de encará-lo, desafiá-lo. Aquela calmaria toda, apenas troca de energias tensas estava me deixando louca. Respirei profundamente e abaixei a cabeça procurando a mala que estava no chão.
- Você não vai. – ouvi a voz dele me dizer com firmeza, mas ao mesmo tempo totalmente envolvente
- Imagino que você vá tentar me impedir. – eu disse sem nem ao menos parar de fazer o que estava fazendo
- Ih você está provocando ele. Cuidado. – Williene cantarolou
- Se você aparecer nesse castelo, não vai durar um segundo. Eles vão simplesmente atacar. – Bill me disse com a voz controlada
- Por que eu escutaria alguém que nem ao menos se apresentou? – perguntei voltando a encará-lo
- O nome dele é Bill, eu já disse. E o fato que ele é gostosão você já sabe. – Williene respondeu e voltou sua atenção para os gatos
- Eu salvei você! – ele falou se aproximando
- Não pedi isso. – rebati não recuando
- Eles são vampiros. – Bill contrapôs
- Você também é e não sugou meu sangue. – eu falei quando ele estava bem próximo que a sua pele fria, embora não encostasse na minha, passasse um frescor agradável.
- Acredite, não foi por falta de vontade. – ele sussurrou respirando fundo
- Me dê um motivo para não ir. – eu desafiei
- Os vampiros que estão lá, estão atrás de alguma explicação. E o que matou seu irmão, tem toda explicação que ele possa querer. – Bill me disse
- Você o conhece? – eu perguntei quase afirmando
- Sim. – ele me respondeu
Me afastei dele tão rápido que a Williene se levantou assustada.
- Você tinha que acabar com tudo né? Ela ia beijar você, seu boca solta. – ouvi Williene reclamar
- Quem é ele? – quis saber depois do choque
Bill desviou os olhos dos meus pela primeira vez.
- Bill, quem é ele? – eu perguntei já desesperada
- Florzinha. Senta aqui, desarruma essa mala que o Bill vai te contar toda a história. – Williene me disse enquanto eu ainda o observava
Bill se virou para mim e de repente eu comecei a pensar se eu realmente gostaria de sabe toda a verdade sobre aquela noite.
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